quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Aforismos e poesias: Lúcidos devaneios - Parte 18




A caminho de amar

Quanto de amor se pode achar num peito vil?
donde a tristeza e solidão, que adjacentes,
inflamam a alma escancarada à dor latente;
cuja esperança – ar de desdenho – ao longe riu...

Quando enveredam os pés da espada sobre o fio,
tal miserável credo se faz penitente,
desordenado: cresce enquanto decrescente;
e além do manto – em densa névoa – há um céu anil...

Da alegria; de um chorar; e num menino
surge o governo que orienta ao desatino,
desde que o ser deseje ser mais (diminuto),

a abandonar ao tão amado ser – sisudo –,
e que em questão de vida ou morte – ou morte e vida –
lança-se ali, por fim, em quão bem-vinda ida...


Jordanny Silva.

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